VERBO E PALAVRA
(Luisinho Vieira – OPA Nacional Brasília, 21.01.2012)
Sempre ouvi que a Palavra é sustento,
mas não via alimento algum.
E diziam: Palavra é guia.
Não me achava em lugar nenhum.
Tanto ouvi, que: a Palavra é eterna.
Eu pensava: onde e quando começa?
Ou então: a Palavra é que salva.
E eu no chão, como alguém que tropeça.
Pelos versos reversos da vida,
Que se passa coçando ferida
e por isso, ela custa a curar.
Pelo rumo sem prumo da vida,
de um perdido buscando saída,
justo nela é que fui me encontrar.
Hoje é claro e tão dentro o seu verso.
Me criou e me faz recitar
A Palavra me habita, é meu texto
e me escrevo no verbo amar.
Hoje é forte e tão dentro o seu verso,
sabe bem que eu já sei conjugar.
Meu sustento, meu rumo eterno,
porque vivo o verbo amar…
porque vivo o verbo amar…
porque vivo o verbo amar.